quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O (SUB) MUNDO DO FADO

O mundo do fado, nos tempos em que TdG se poderia considerar activo, era aquilo a que se chama hoje sub-mundo, exemplo?
O Candeia!
Fados na cave, bar de alterne no rés-do-chão, com saídas frequentes das alternadeiras para "aviar uns cabritos" e depois voltar ao local de trabalho.
Era frequente verem-se cantadeiras sentadas junto aos clientes, misturadas com as alternadeiras que não passavam de prostitutas, as alternadeiras, claro.
A casa da Mariquinhas, no Largo do Seminário junto à Sé do Porto, quando inaugurada, foi uma lufada de ar fresco...
Seleccionou-se a clientela, mas não demorou muito a tornar-se poiso dos "habitués", e quem eram os frequentadores destas casas?
Os do costume, eram prostitutas e seus "empresários", eram frequentes cenas de pancadaria, porque "o Tero tinha tirado o sustento ao Neca", e armava-se um trinta e um, mesmo com policia à porta, fardado e tudo .
Os fadistas consagrados se vinham ao norte actuavam em casas de espectáculo sérias, não se misturavam, e por norma, quem os queria ver ia à capital.
Os frequentadores do tal sub-mundo, eram também viciados do “oculto”, cartomantes, bruxas e outros artífices do ramo.
Não admira portanto a revelação fantástica do TdG sobre a data, dia exacto em que Maddie foi executada.
Não é benquisto quem quer, nasce-se benquisto...
O fado hoje está muito mais limpo, o mundo do fado mais sério, e tudo começou a melhorar a partir do 25 de Abril de 1974.

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